terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Padre Jesus Flores de volta à Difusora Goiânia e ao Jornal Brasil Hoje



Padre Jesus Flores, jornalista de maior credibilidade em Goiás e um dos fundadores da Rede Católica de Rádio, retornou aos microfones da Rádio Difusora de Goiânia (am 640 kHZ) no dia 11 de fevereiro. Ele estava afastado da emissora há 3 anos. Padre Jesus Flores voltou a fazer comentários diários no Jornal Brasil Hoje (edições Nacional e Regional) e no Rádio Livre, programa jornalístico local na Difusora, que vai ao ar das 8:00 ás 9:00.
O retorno do Padre Jesus Flores foi motivo de muita alegria para a direção, funcionários e ouvintes da Difusora.
Desde o final da década de 70 o padre/jornalista vem usando sua voz em defesa da justiça, da democracia e da cidadania. Centenas de ouvintes e autoridades saudaram a volta do Padre Jesus Flores aos microfones da Difusora Goiânia.

Welinton Silva.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Legislação e vida: desafios e propostas


Membro da Pontifícia Academia para a Vida e presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, doutor Humberto Leal Vieira palestrou na manhã deste sábado, no I Congresso Internacional em Defesa da Vida, em Aparecida (SP), sobre o tema “Legislação e vida: desafios e propostas”.

O advogado aponta, na Constituição Brasileira, o direito à inviolabilidade da vida do ser humano desde sua concepção e declara que, embora a legislação dos países da América Latina protejam os nascituros da “cultura da morte”, ao mesmo tempo, insistem na mudança da legislação, visando tornar legal a prática do aborto.

Doutor Leal diz que o trabalho em defesa da vida deve basear-se em três etapas. O primeiro, consiste em informar, informar e continuar informando. O eleitor deve ser informado sobre o trabalho de seu parlamentar, este, por sua vez, precisa estar ciente do que está por traz da legalização do aborto. A gestante também precisa saber que em seu útero está o seu filho; não um conjunto de células. O segundo passo é votar em candidatos comprometidos com a defesa da vida e acompanhar seu trabalho no legislativo.

No que se refere à insatisfação do eleitor quanto a atuação do seu candidato, o conferencista aconselha que esse proteste e retire sua procuração. Essa atitude pode ser expressa por fax-símile, e-mail, carta ou diretamente por telefone. Além desses meios, volantes e faixas devem ser colocadas na base eleitoral, pois são de grande efeito.Todas essas manifestações precisam estar relacionadas ao voto, porque esta é a “bala na agulha” do eleitor, afirmou o palestrante.

Outro ponto importante destacado no discurso do conferencista é a conscientização da sociedade que tem de conhecer o verdadeiro interesse político que há por traz da legalização do aborto, pois, “a maioria das estatísticas em relação ao aborto são falsas ou trazem apenas meias verdades”, relatou

Michelle Mimoso
Canção Nova Notícias, Aparecida

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Estado laico e Estado ateu


Recebi esta matéria do Dr. Paul Medeiros Krause de Belo Horizonte (MG). Nele o Procurador explica muito bem que estamos rumando para um Estado totalitário e ateu, e não para um Estado laico. Os católicos precisam entender isso… e agir. O silêncio dos bons é a causa da vitória dos maus.

Welinton Silva.

Sob o pretexto de construir um Estado laico, os pensamentos marxista e liberal, filhos do iluminismo burguês, pretendem, na verdade, implantar um Estado totalitário confessional: ateu. O argumento fácil do Estado laico, utilizado como a panacéia de todos os males, presta-se a iludir os incautos, pois o que em realidade se deseja é que o Estado possua uma crença oficial: o ateísmo institucionalizado, com sua doutrina moral complacente.

Já que a inexistência de Deus nunca foi provada, só poderemos designar o ateísmo de crença, pois não se baseia em dados objetivos, demonstrados racionalmente.

Gustavo Corção, partindo da idéia magistral de Santo Agostinho, distinguiu, em “Dois Amores – Duas Cidades”, duas formas de civilização: a antiga, clássica, e a medieval, caracterizadas pela prevalência do homem interior, pela convicção da existência de uma alma racional, nota essencial do ser humano e criadora de cultura, como também de valores transcendentes que norteiam-lhe a existência, dentre eles a solidariedade; e a civilização moderna, em que predominam o homem exterior e correntes de pensamento materialistas, que negam a existência de uma alma racional no homem, e, por outro lado, privilegiam o indivíduo, o egoísmo, prometendo o paraíso na terra: a distribuição igualitária dos bens materiais ou o exercício absoluto da liberdade.

Extraordinariamente precisa é a afirmação de um dos personagens de Dostoiévski, em “Irmãos Karamazóvi”: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. É da premissa falsa da inexistência de Deus que os filósofos ateus, marxistas, liberais, utilitaristas e existencialistas, tiraram as suas conclusões. Para eles, não há racionalidade no cosmos, na natureza, no universo, porque não conseguiram explicar a sua origem sem um Ser Criador. De fato, o pensamento ateu vangloria-se de ter demonstrado a inexistência de Deus, sem, contudo, tê-lo feito. O seu desenvolvimento é viciado e enganoso desde o início. Baseia-se em um dogma de fé improvado: Deus não existe. Infelizmente, muitos endossam as suas teses e a sua moral relaxada sem atinar para o seu crasso vício de origem. Encampam-nas, tais pessoas, sem qualquer indagação mais ou menos profunda sobre a sua gênese.

Para as filosofias ateístas, notadamente a marxista e o liberalismo radical, as vítimas da sociedade ou o indivíduo, respectivamente, podem tudo: matar e mentir em nome da revolução socialista, realizar abortos, dar cabo à própria existência e viver uma sexualidade conforme o seu gosto pessoal. O aborto e a vivência de uma sexualidade contrária à natureza humana passam a ser “direitos humanos”. Com efeito, inúmeros projetos de lei e decisões judiciais brasileiros inspiram-se em correntes de pensamento ateístas e agnósticas, que se presumem mais racionais, mas que são incapazes de identificar uma lógica no mundo objetivo da natureza, em que se insere a dualidade de sexos. Trata-se de uma ideologia racionalista, deturpação da racionalidade. Tal ideologia é estimulada por poderosas instituições internacionais, como a Fundação Ford e a Fundação MacArthur. Uma breve consulta na internet permite a qualquer um verificar o quanto tais fundações destinaram de recursos a pesquisas e a projetos de pós-graduação em universidades de diversos países, inclusive do Brasil, com afronta à soberania de tais nações e sabe-se lá com que objetivos.

Em resumo: a legalização do aborto, da prostituição, da eutanásia, da união civil e da adoção por homossexuais, do uso de drogas decorrem diretamente de correntes de pensamento ateístas (o neomarxismo da Escola de Frankfurt e o neoliberalismo radical). É preciso que a população tenha isso presente, para que se dê conta de que o Estado brasileiro caminha para se tornar um Estado com religião oficial e não um Estado laico: um Estado totalitário ateu, que decretou a morte de Deus e que investe duramente contra a liberdade religiosa. Um Estado cujo deus é o individualismo, e cujo paraíso é o prazer material.

Dr. Paul Medeiros Krause é Procurador do Banco Central em Belo Horizonte (MG), e bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A volta do Pão e Circo para o povo...


Em Trindade, distante 18 quilômetros de Goiânia, o prefeito George Morais (PSDB) distribuiu durante o carnaval o VALE CERVEJA.
O folião recebia um cartão com o carimbo da secretaria de finanças da prefeitura e trocava por uma cerveja em lata.
Divulgou-se que foram 15 mil latinhas. O prefeito negou e disse que foram 4 mil.
George Morais também negou que a bebida tenha sido paga com dinheiro público. Ele disse que foi um incentivo da iniciativa privada e que a intenção da prefeitura era alegrar os foliões da cidade.

Nessa o Dr. George Morais se deu mal. Agora a ação será investigada pelo Ministério Público (MP-GO) e poderá resultar na abertura de ações de improbidade administrativa e penal contra o prefeito George Morais (PSDB). A promotoria abriu ontem inquérito civil para averiguar se o tucano aplicou recursos públicos na compra da bebida alcoólica, entregue no Carreiródromo Municipal por meio da apresentação de um cupom. Certamente em Trindade às coisas não vão tão bem para o prefeito ter de se preocupar com cervejas no carnaval. Por essa o Dr. promessa não esperava...

Welinton Silva

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A DIGNIDADE DO OUTRO


A Campanha da Fraternidade 2008 nos convida a celebrarmos a nossa dignidade pessoal e a lutarmos pelo reconhecimento e respeito pela dignidade do outro






A dignidade se baseia no reconhecimento da pessoa como ser digno de respeito. É uma necessidade emocional que todos nós temos de reconhecimento público de se ter feito bem as coisas, em relação a autoridades, amigos, círculo familiar, social, entre outros.

O objetivo geral da CF é levar a Igreja e a sociedade a defender e a promover a vida humana, desde a sua concepção até a sua morte natural, compreendida como dom de Deus e co-responsabilidade de todos, na busca de sua plenificação, a partir da beleza e do sentido da vida em todas as circunstâncias, e do compromisso ético do amor fraterno.

Se as exigências éticas de Jesus constituem tropeços para o ser humano moderno, somente o são em virtude de sua vontade egoísta, mas não de sua inteligência. A alma só é bela pela inteligência, e as outras coisas, tanto nas ações como nas intenções, só são belas pela alma que lhes dá a forma da beleza.

Precisamos nos ajudar a olhar a realidade com clareza e coragem, para poder fazer as escolhas também nós como pessoas humanas, no sentido pleno do termo, conhecendo o que estamos fazendo e o porquê, qual a finalidade.

Com certeza estamos todos perplexos, principalmente quem está na linha de frente, diante das situações de miséria que se perpetuam e do poder com que a biotecnologia nos dotou. O que fazer? Para tentar passos que nos levem, como sociedade, a nos aproximarmos da meta, antes de tudo é preciso ter clareza sobre qual é a meta.

Se a complexidade é tamanha, não se pode pensar em resolver a situação agindo só em um fator, por exemplo, eliminando a parte mais frágil. Talvez nenhum de nós tenha a resposta na ponta da língua, de como resolver, mas podemos nos ajudar no caminho: aconteça o que acontecer, a meta é o direito de cada pessoa humana à vida, e a uma vida que tenha beleza e sentido, mesmo na dor e na dificuldade.

Nesse sentido, a Campanha da Fraternidade 2008 nos convida a celebrarmos a nossa dignidade pessoal e a lutarmos pelo reconhecimento e respeito pela dignidade do outro, especialmente dos ainda não-nascidos, dos doentes, dos idosos, dos miseráveis, dos famintos, dos analfabetos, dos marginalizados e dos excluídos em geral.


Pe. Eduardo Rocha Quintella
Bacharel em Teologia – pelo C.E.S. – Juiz de Fora – MG

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Carnaval, qual a sua origem e qual a atitude da Igreja diante dele?

Depois de mais de um mês de recesso ferial, estamos de volta com todo o vapor... Esperamos colaborar com artigos interessantes em tempos oportunos os quais oferecemos reflexões para o amigo leitor. Desde já um forte abraço e boa leitura!
Welinton Silva.

I. Origem: antes do mais, diga-se algo sobre a etimologia de “Carnaval”.

Comumente os autores explicam este nome a partir dos termos do latim tardio “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”; esta derivação indicaria que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. - Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem levare”, suspender ou retirar a carne: o Papa São Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da Quaresma, ou seja, ao domingo da Qüinquagésima, o título de “dominica ad carnes levandas”; a expressão haveria sido sucessivamente, carneval ou carnaval”. - Um terceiro grupo de etimologistas apela para as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos costumava-se exibir um préstito em forma de nave dedicada ao deus Dionísio ou Baco, préstito ao qual em latim se dava o nome de currus navalis: donde a forma Carnavale.

Como se vê, não é muito clara a procedência do nome.

Quanto à realidade por este designada deve-se dizer o seguinte:

As mais antigas notícias de pompas semelhantes às que hoje chamamos “Carnaval” datam, como se crê, do séc. VI antes de Cristo, na Grécia: as pinturas de certos vasos gregos apresentam figuras mascaradas a desfilar em procissão ao som de música as pompas do culto do deus Dionísio, com suas fantasias e alegorias, são certamente anteriores à era cristã. Entre os gregos, análogas festividades eram ocasionadas pela entrada de novo ano civil (mês de janeiro) ou pela aproximação da primavera e a conseqüente despedida do inverno. Elementos da religiosidade pagã e da mitologia costumavam inspirar essas celebrações; em geral os povos não-cristãos intencionavam, com seus ritos exuberantes, expiar as faltas cometidas no inverno ou no ano anterior e pedir aos seres superiores a fecundidade da terra e a prosperidade para a primavera e o novo ano. Disto dão testemunho os costumes vigentes ocasião de tais solenidades: para exprimir a expiação e o cancelamento das culpas passadas, por exemplo, encenava-se a morte de um fantoche ou boneco que, depois de “haver feito seu testamento” e após uma paródia de transporte fúnebre, era queimado ou lançado à água ou de qualquer modo destruído (rito celebrado geralmente no dia 1º de janeiro) Em algumas regiões procedia-se à confissão pública dos vícios: matava-se um peru, o qual, antes de morrer, proclamava pela boca de um dos cidadãos os malefícios da gente do país. A denúncia das culpas tomava não raro um caráter pilhérico e teatral: era, por exemplo, o cômico Arlequim que, antes de ser entregue à morte confessava os seus pecados e os alheios. Apesar das intenções sérias que inspiraram inicialmente tais manifestações públicas, compreende-se que elas tenham mais e mais dado lugar à licenciosidade e a deploráveis abusos, fomentados elo uso de máscaras, trajes alegóricos, pela exibição de préstitos, peças de teatro, etc. Em tese, as danças e o tripudiar característico dessas festas deviam servir de exortação ao povo para que cheio de alegria iniciasse a nova estação do ano. As religiões ditas “de mistérios” provenientes do Oriente e muito difusas no Império Romano, concorreram não pouco, pelo fato de seguirem rituais exuberantes, para o incremento das festividades carnavalescas. Estas, em conseqüência, tomaram o nome de “pompas bacanais” ou “saturnais” ou “lupercais”. As demonstrações de alegria porém, tornando-se subversivas da ordem pública, o Senado Romano, no séc. II a.C. resolveu combater os bacanais; os adeptos destes passaram a ser acusado de graves ofensas contra a moralidade e contra o Estado.

Dado o motivo de tais festividades populares, entende-se que a data de sua celebração tenha sido vária: podia ser o dia 25 de dezembro (dia em que os pagãos celebravam Mitra ou o Sol Invicto) ou o dia 1º de janeiro (começo do novo ano), ou 6 ou 17 de janeiro ou 2 de fevereiro (datas religiosas pagãs) ou algum termo pouco posterior.

II. Atitude da Igreja: quando o Cristianismo se difundiu, já encontrou tais orgias no uso dos povos. Por princípio, o Evangelho não é contrário às demonstrações de júbilo, contanto que não degenerem em celebrações libertinas e pecaminosas. Por isto, os missionários não se opuseram formalmente à realização do Carnaval, mas procuraram dar-lhe caráter novo, depurando-o de práticas que tinham sabor nitidamente supersticioso ou mitológico e enquadrando-o dentro da ideologia cristã; assim, como motivo de alegria pública, os pastores de almas indicavam por vezes algum mistério ou alguma solenidade do Cristianismo (o Natal, por exemplo, ou a Epifania do Senhor ou a Purificação de Maria, dita “festa da Candelária”, em vez dos mitos pagãos celebrados a 25 de dezembro 6 de janeiro u 2 de fevereiro). Por fim, as autoridades eclesiásticas conseguiram restringir a celebração oficial do Carnaval aos três dias que precedem a quarta-feira de cinzas (em nossos tempos alguns párocos bem intencionados promovem, dentro das normas cristãs, folguedos públicos nesse tríduo, a fim de evitar sejam os fiéis seduzidos por divertimento pouco dignos).

Como se vê, a Igreja não instituiu o Carnaval; teve, porém, de o reconhecer como fenômeno vigente no mundo em que ela se implantou. Sendo em si suscetível de interpretação cristã, ela o procurou subordinar aos princípios do Evangelho; era inevitável, porém, que os povos não sempre observassem o limite entre o que o Carnaval pode ter de cristão e o que tem de pagão. Está claro que são contrários às intenções da Igreja os desmandos assim verificados Em reparação dos mesmos, foram instituídas a adoração das Quarenta Horas e as práticas de Retiros Espirituais nos dias anteriores à quarta-feira de cinzas.

Colaborou D. Estevão Bettencourt, osb.